domingo, 24 de agosto de 2008

BIODIESEL DE MAMONA, POR QUE NÃO DEU CERTO?


O Plano Nacional de Biodiesel, criado há três anos e meio pelo governo federal, listou uma série de matérias-primas para a produção do biodiesel e escolheu a mamona como matéria-prima para alimentar as usinas de biodiesel.
A mamona é uma planta asiática, resistente à seca e que se deu muito bem com o clima do sertão nordestino. Foi trazida para o Brasil pelos portugueses e, no passado, seu óleo era usado na iluminação e para lubrificar eixo de carroça.
Hoje a mamona, é cultivada por milhares de pequenos agricultores. O Estado da Bahia é campeão na produção de mamona, que, no ano passado, respondeu por 77% da safra brasileira.
Opreço da saca de mamona de 60 quilos está de R$ 55,00 a R$ 58,00 reais. Esse preço não é bom para os produtores de mamonas por causa das muitas despesas. Um dos maiores problemas dos pequenos produtores baianos é a oscilação do mercado, dominado pelos atravessadores.
Um dos objetivos do Programa Nacional de Biodiesel é justamente criar um mercado local para a mamona, sem intermediário, e assegurar a renda para as famílias pobres.
Apesar de todos os incentivos, a mamona ainda não se viabilizou para a produção de biodiesel porque a rícinocultura pode pagar mais ao agricultor. E é essa indústria de derivados nobres que consome praticamente toda a mamona produzida no Brasil.
Hoje, quem sustenta o programa de biodiesel é a soja. A soja responde por 77% da produção de biodiesel. Em segundo lugar está o sebo bovino, com 22%; e por último vêm todas as outras culturas, onde está a mamona, com apenas 1%, isso é um quadro preocupante. Segundo o próprio presidente Lula, “Produzir biodiesel da soja e transformá-la em matriz principal é um equívoco e um erro. A soja tem o seu preço determinado pelo mercado internacional, ou melhor, pela Bolsa de Chicago. Isso quer dizer que quando a soja sobe de preço, sobe também o custo de produção das usinas e sobe o preço do diesel na bomba.
Só que para viabilizar a produção de biodiesel com a mamona, o pinhão manso e outras culturas mais adaptadas à agricultura familiar é preciso ainda muito investimento e muita pesquisa.



FONTE: Globo Rural

ETANOL, AUMENTA A OFERTA E BAIXA O PREÇO

O preço do etanol no mercado brasileiro deve cair nos próximos sete anos, em função do aprimoramento dos processos de produção do combustível que estão em desenvolvimento.
A projeção é do economista Fábio Silveira, com base em estudo sobre o futuro do mercado de etanol e biodiesel, encomendado pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de São Paulo).
Os resultados, divulgados na terça-feira (19 de agosto), mostram que, com essa maturação nas técnicas produtivas, o Brasil tende a estar entre os principais produtores de etanol, ao lado dos Estados Unidos, onde a produção projetada é de 56 bilhões de litros.
No Brasil, o volume estimado de etanol produzido até 2015 chega a 52 bilhões de litros, projeção feita com base na velocidade do consumo e no crescimento dos investimentos que o setor tem recebido. A maior produção brasileira deve gerar um "choque de oferta", fazendo o preço do combustível baixar, estima Silveira.
Biodiesel -Para o biodiesel, a projeção indica que a oferta deverá ser triplicada, passando de 1,13 bilhão de litros para 3 bilhões. A maior parte, segundo o economista, será processada a partir do óleo de soja e o restante será dividido entre o óleo de palma, o algodão, a mamona e o girassol.
Fábio Silveira defende que o Brasil precisa de uma política clara sobre a produção do combustível. No período em que a produção deve triplicar - até 2015 - a principal matéria prima continuará sendo a soja, apesar das outras fontes.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

PETROBRAS INAUGURA NO CEARÁ SUA SEGUNDA USINA DE BIODIESEL

A Petrobras inaugurou hoje dia (20 de agosto), em Quixadá, no Ceará, a segunda usina de produção de biodiesel do Brasil, com capacidade para refinar 57 milhões de litros de biodiesel por ano.
30% da produção de Quixadá serão destinados ao mercado cearense e o restante aos demais estados da região.




FONTE: Agência Brasil

MERCADO BRASILEIRO DE ETANOL E BIODESEL É TEMA DE DEBATE EM SÃO PAULO

O economista Fabio Silveira apresentou no dia 19 de agosto um debate em São Paulo sobre o mercado brasileiro de etanol e biodiesel, suas taxas de crescimento, seus potenciais de consumo e conseqüências para o comércio até 2015.



FONTE: Agência Brasil

domingo, 17 de agosto de 2008

BNDES FINANCIA PRODUÇÃO DE BIODIESEL EM MATO GROSSO DO SUL

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 128 milhões para um projeto de extração de óleo vegetal e produção de biodiesel, no município de Nova Andradina, em Mato Grosso do Sul. Os recursos foram concedidos à Brasil Bioenergia S.A. A participação do banco no projeto corresponde a 80% do investimento, orçado em R$ 160 milhões.
O óleo vegetal para produção de biodiesel virá da soja. A indústria ainda está analisando outras alternativas ao grão, entre as quais o pinhão manso, uma oleaginosa com maior concentração de óleo e menor custo de esmagamento.
O projeto deve gerar 140 empregos diretos e cerca de três mil indiretos.
De janeiro a agosto deste ano, o BNDES já registra 18 projetos na área do biodiesel contratados, no valor de R$ 1,85 bilhão.



FONTE: Agência Brasil

ANP PROMOVE DOIS LEILÕES DE BIODIESEL

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou no (14 e 15 /08) mais dois leilões de biocombustíveis. O objetivo é atender à determinação do governo federal de adição de 3% de biodiesel ao óleo mineral (B3), em vigor desde 1º de julho deste ano.

Serão ofertados pelas 57 empresas habilitadas a participar da licitação 330 milhões de litros do produto – sendo 264 milhões de litros a oferta prevista para o primeiro dia do leilão (o 10º realizado pela ANP), quando só poderão participar os produtores que possuem o selo "Combustível Social", concedido pelo governo federal. Já no 11º Leilão, a oferta totalizará 66 milhões de litros e dele poderão participar todas as empresas que atendem atualmente as normas determinadas pela ANP.

CONSUMO DE ÁLCOOL CRESCE MAIS DE 52% NO PRIMEIRO SEMESTRE

De janeiro a junho, o consumo de álcool combustível no país cresceu 52,9% e já se igualou ao da gasolina.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que esse crescimento foi motivado pela retração média de 12,1% no preço do litro do combustível, que passou de R$ 1,70 para R$ 1,50 nas bombas.
“O álcool está funcionando como uma âncora e vem segurando o preço da gasolina. A despeito da gasolina ter tido um aumento na refinaria autorizado pelo governo, este aumento não se refletiu na bomba. Pelo contrário, a gasolina até caiu de preço”, disse o superintendente de Abastecimento da ANP, Edson Silva.
Os dados indicam que o consumo de álcool hidratado no país subiu de 3,9 bilhões de litros para 6 bilhões de litros do primeiro semestre de 2007 para o segundo semestre de 2008. Já a demanda pelo álcool anidro, que é misturado à gasolina, aumentou de 2,74 bilhões de litros para 3 bilhões de litros no período, um aumento de 9,82%.

ANP ASSINARÁ RESOLUÇÃO DETERMINANDO QUE ÁLCOOL COMBUSTÍVEL PASSE A SE CHAMAR ETANOL

Em atendimento a um pedido da União da Indústria de Cana-de-Açucar (Única), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai assinar nos próximos 15 dias uma resolução determinando que o álcool combustível comercializado no BRASIL passe a ser chamado de ETANOL.

A informação foi dada pelo superintendente de Abastecimento da ANP, Edson Silva. Ele justificou a decisão como uma evolução natural rumo ao mercado internacional.

Os postos deverão trocar o nome de álcool para etanol, nos mais de 36 mil pontos de vendas de todo o país, mas que terão "um tempo" para a adequação.

DIRETOR DA PETROBRAS DIZ QUE ESTOQUES DE ÁLCOOL ESTÃO BAIXOS, MAS NÃO HÁ DESABASTECIMENTO

Com o crescimento das vendas dos carros flex [que utilizam álcool e gasolina] o consumo do álcool continua em alta, ultrapassando o da gasolina.

O presidente da Petrobras Distribuidora (BR), José Eduardo Dutra, informou no dia (12 /08/08) que os estoques de álcool estão baixos nas usinas, mas que o país não enfrenta problemas de desabastecimento.




FONTE: Agência Brasil

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

GRUPO TOYOTA CONFIRMA INTENÇÃO DE PRODUZIR ETANOL NO BRASIL

A japonesa Toyota Tsusho Corp está conduzindo um estudo de viabilidade em conjunto com a Petrobras sobre a possibilidade de construir uma usina para produzir etanol no Brasil no estado de Goiás disse um porta-voz da empresa na quarta-feira (6) de agosto.


FONTE: Agência Brasil

BRASIL E ESTADOS UNIDOS DISCUTEM A COMERCIALIZAÇÃO DO ETANOL COMO COMMODITY

O interesse comum para que o etanol possa ser comercializado como uma commodity foi um dos temas discutidos na terça - feira dia (5) de agosto entre o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o subsecretário de Energia dos Estados Unidos, Jeffrey Kupfer. As commodities são produtos primários negociados no mercado internacional.
Lobão lembrou que, assim como o Brasil, os Estados Unidos pretendem manter uma política cada vez mais intensa na produção de biocombustíveis. Segundo ele, os Estados Unidos deverão produzir cerca de 34 bilhões de litros de etanol a base de milho este ano e a produção brasileira deve chegar a 23 bilhões de litros, extraídos de cana-de-açúcar.





FONTE: Agência Brasil

domingo, 3 de agosto de 2008

PETROBRAS MANTÉM PRODUÇÃO DE BIODIESEL DE MAMONA

A Petrobras Biocombustível divulgou na sexta-feira dia (1°) de agosto uma nota informando que manterá a produção de biodiesel a partir de mamona. Segundo a empresa, os planos não serão afetados pela Resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) Nº 7, de 19 de março de 2008, que estabeleceu limites que impediriam a utilização do biodiesel de óleo de mamona puro.
A meta da Petrobras sempre foi utilizar, inicialmente, misturas de até 30% de óleo de mamona como matéria-prima. O uso de 30% de óleo de mamona na produção de biodiesel atende integralmente à nova especificação da ANP.

COSAN PREVÊ RECORDE DE EXPORTAÇÕES DE ETANOL

A Cosan, maior grupo brasileiro de açúcar e etanol, divulgou no dia(31) de julho que espera um recorde nas exportações de álcool para o período entre o segundo semestre de 2008 e o início de 2009, sendo que metade do volume comercializado terá como destino o mercado dos Estados Unidos.
As exportações de etanol da Cosan devem responder por 25% da produção projetada para a temporada.

sábado, 2 de agosto de 2008

BID ENTREGA US$ 269 MILHOES PARA 3 USINAS DE ETANOL NO BRASIL

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) informou que financiará parcialmente, com 269 milhões de dólares, três usinas de produção de etanol em Goiás e Minas Gerais.
Segundo o comunicado da entidade financeira, o BID também "ajudará na obtenção de outros 379 milhões de dólares" para os três empreendimentos, nos quais já foram aplicados cerca de 300 milhões de dólares.
"Trata-se do maior investimento em biocombustíveis já realizado por um banco de desenvolvimento".
As três unidades produzirão 420 milhões de litros de etanol ao ano para o mercado brasileiro.
As usinas estão sendo construídas pela Companhia Nacional de Açúcar e Álcool (CNAA).
Segundo o BID, os empreendimentos vão gerar cerca de 4.500 empregos fixos e serão ambientalmente sustentáveis, produzindo sua própria energia e gerando um excedente que abastecerá cerca de 400 mil residências de médio porte.
O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, revelou que o banco decidiu apoiar o projeto após um ano de análise sobre seus impactos socioeconômicos e ambientais: "concluímos que eles vão produzir energia limpa e sustentável sem impactar os preços dos alimentos".
O BID não informou as condições de amortização dos empréstimos.


FONTE: G1. economia e negócios

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

BRASIL ESTUDA ACIONAR EUA NA OMC POR TARIFA AO ETANOL

Com o fracasso da Rodada Doha e a conseqüente paralisação das negociações sobre o etanol, que estavam sujeitas ao acordo global, o Brasil agora considera fazer uma consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas para a exportação do produto cobradas pelos Estados Unidos.

Segundo a agência AP, o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, disse que há uma forte possibilidade" de o país fazer uma consulta formal sobre o caso na OMC em setembro.

O etanol brasileiro paga atualmente uma taxa extra de 54 centavos de dólares por galão para entrar no mercado americano, além da tarifa regular de importação de 2,5% sobre valor do produto.Essa sobretaxa não é uma prática justa.

O setor privado no Brasil defende que a sobretaxa é uma forma mascarada de proteger contra a concorrência os produtores americanos, menos competitivos.

Segundo dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em 2007 os Estados Unidos e União Européia destinaram US$ 15 bilhões em ajuda a seus produtores de biocombustíveis.

Segundo os críticos, essas subvenções garantem a liderança das duas potências no mercado global.
Em 2007, 60% de todo o biodiesel comercializado no mundo foi produzido pelos europeus.

No mesmo ano, os americanos foram responsáveis por 48% de toda a produção mundial de etanol.

O Brasil produziu 31% do total de etanol, cerca de 15 bilhões de litros.

Com a redução das tarifas européia e americana para o etanol beneficiaria os países mais pobres.