Com o fracasso da Rodada Doha e a conseqüente paralisação das negociações sobre o etanol, que estavam sujeitas ao acordo global, o Brasil agora considera fazer uma consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas para a exportação do produto cobradas pelos Estados Unidos.
Segundo a agência AP, o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, disse que há uma forte possibilidade" de o país fazer uma consulta formal sobre o caso na OMC em setembro.
O etanol brasileiro paga atualmente uma taxa extra de 54 centavos de dólares por galão para entrar no mercado americano, além da tarifa regular de importação de 2,5% sobre valor do produto.Essa sobretaxa não é uma prática justa.
O setor privado no Brasil defende que a sobretaxa é uma forma mascarada de proteger contra a concorrência os produtores americanos, menos competitivos.
Segundo dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em 2007 os Estados Unidos e União Européia destinaram US$ 15 bilhões em ajuda a seus produtores de biocombustíveis.
Segundo os críticos, essas subvenções garantem a liderança das duas potências no mercado global.
Em 2007, 60% de todo o biodiesel comercializado no mundo foi produzido pelos europeus.
No mesmo ano, os americanos foram responsáveis por 48% de toda a produção mundial de etanol.
O Brasil produziu 31% do total de etanol, cerca de 15 bilhões de litros.
Com a redução das tarifas européia e americana para o etanol beneficiaria os países mais pobres.
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