sexta-feira, 1 de agosto de 2008

BRASIL ESTUDA ACIONAR EUA NA OMC POR TARIFA AO ETANOL

Com o fracasso da Rodada Doha e a conseqüente paralisação das negociações sobre o etanol, que estavam sujeitas ao acordo global, o Brasil agora considera fazer uma consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas para a exportação do produto cobradas pelos Estados Unidos.

Segundo a agência AP, o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, disse que há uma forte possibilidade" de o país fazer uma consulta formal sobre o caso na OMC em setembro.

O etanol brasileiro paga atualmente uma taxa extra de 54 centavos de dólares por galão para entrar no mercado americano, além da tarifa regular de importação de 2,5% sobre valor do produto.Essa sobretaxa não é uma prática justa.

O setor privado no Brasil defende que a sobretaxa é uma forma mascarada de proteger contra a concorrência os produtores americanos, menos competitivos.

Segundo dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em 2007 os Estados Unidos e União Européia destinaram US$ 15 bilhões em ajuda a seus produtores de biocombustíveis.

Segundo os críticos, essas subvenções garantem a liderança das duas potências no mercado global.
Em 2007, 60% de todo o biodiesel comercializado no mundo foi produzido pelos europeus.

No mesmo ano, os americanos foram responsáveis por 48% de toda a produção mundial de etanol.

O Brasil produziu 31% do total de etanol, cerca de 15 bilhões de litros.

Com a redução das tarifas européia e americana para o etanol beneficiaria os países mais pobres.

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