sexta-feira, 6 de junho de 2008

OS BIOCOMBUSTÍVEIS SAIU DA CONFERÊNCIA DA FAO SEM A IMAGEM DE VILÕES DA CRISE DOS ALIMENTOS

Resultados de vários estudos comprovaram que os biocombustíveis não são os vilões da crise dos alimentos, eles são um fator contribuinte mas não é o fator principal como foi dito nos últimos meses. Outros fatores vem sendo apontados como culpados pela crise dos alimentos, como aumento do preço do petróleo, mudança no tipo de consumo de países emergentes, a especulação nas bolsas mundiais, e também o fator climático.



A produção de biocombustíveis a partir de produtos agrícolas chegou a ser classificada pelo ex-relator especial da ONU para o Direito ao Alimento, Jean Zigler, de um crime contra humanidade. Na visão de Zigler, a produção de bioconbustíveis reduziria a produção de alimentos, provocando escassez e elevação de preços.

terça-feira, 3 de junho de 2008

LULA DEFENDE ETANOL E CULPA PETRÓLEO E SUBSÍDIOS POR CRISE DOS ALIMENTOS

Em discurso na Conferência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), nesta terça-feira (3) em Roma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a produção brasileira de etanol e criticou os países que atribuem ao Brasil e às plantações de cana-de-açúcar a responsabilidade pela crise nos alimentos no mundo.
"Esse comportamento não é neutro nem desinteressado. Os biocombustíveis não são os vilões. Vejo com indignação que muitos dos dedos que apontam contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão. muitos dos que responsabilizam o etanol – inclusive o etanol da cana-de-açúcar – pelo alto preço dos alimentos são os mesmos que há décadas mantêm políticas protecionistas, em prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e dos consumidores de todo o mundo", criticou o presidente. Diante de vários chefes de Estado e de Governo presentes ao evento, o presidente criticou o "intolerável protecionismo que atrofia e desorganiza" a produção agrícola dos países pobres. "Os subsídios criam dependência, desmantelam estruturas produtivas inteiras, geram fome e pobreza onde poderia haver prosperidade. Já passou da hora de eliminá-los", disse, segundo a Agência Brasil. "É indispensável afastar a cortina de fumaça lançada por lobbies poderosos que pretendem atribuir à produção do etanol a responsabilidade pela recente inflação do preço dos alimentos".



'Etanol é como colesterol'
Lula selecionou fatos brasileiros para responder às acusações de que o programa de etanol brasileiro diminuiu a produção de grãos e pode invadir as áreas de mata da Amazônia. Lembrou dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, para não usar dados brasileiros, mostrando que toda a cana-de-açúcar brasileira está concentrada em apenas 2% da sua área agrícola e apenas a metade é usado para etanol. O restante é usado em açúcar.

"Há críticos ainda que apelam para um argumento sem pé nem cabeça: os canaviais no Brasil estariam invadindo a Amazônia. Quem fala uma bobagem dessas não conhece o Brasil", criticou.

"A Região Norte, onde fica quase toda a Floresta Amazônica, tem apenas 21 mil hectares de cana, o equivalente a 0,3% da área total dos canaviais do Brasil. Ou seja, 99,7% da cana está a pelo menos 2 mil quilômetros da Floresta Amazônica. Isso é, a distância entre nossos canaviais e a Amazônia é a mesma que existe entre o Vaticano e o Kremlin. Em suma, o etanol de cana no Brasil não agride a Amazônia, não tira terra da produção de alimentos, nem diminui a oferta de comida na mesa dos brasileiros e dos povos do mundo".

Lula, no entanto, se uniu às críticas ao etanol americano, feito de milho, e que tem sido apontado como o possível maior vilão da alta de preços, já que tem sido desviado da produção alimentar para os combustíveis. "É evidente que o etanol do milho só consegue competir com o etanol de cana quando é anabolizado por subsídios e protegido por barreiras tarifárias".

"O etanol da cana gera 8,3 vezes mais energia renovável do que a energia fóssil empregada na sua produção. Já o etanol do milho gera apenas uma vez e meia a energia que consome. É por isso que há quem diga que o etanol é como o colesterol. Há o bom etanol e o mau etanol. O bom etanol ajuda a despoluir o planeta e é competitivo. O mau etanol depende das gorduras dos subsídios".

Petróleo
Lula também disse que considera que entre os fatores que influenciam a alta espetacular dos preços dos alimentos está o elevado preço do petróleo, que passou de US$ 30 a US$ 130 em pouco tempo. O presidente reclamou daqueles que falam da alta dos alimentos, mas não discutem o preço do petróleo, que seria responsável por 30% do custo final da produção de alimentos no Brasil. "O petróleo pesa muito no custo das lavouras brasileiras. Aí, eu me pergunto: e quanto não pesa o petróleo no custo de produção de alimentos de outros países que dele dependem muito mais do que nós?". O presidente referiu-se aos países que criticam a produção de biocombustíveis brasileira, mas se recusam a admitir que o preço do petróleo tem influência direta na alta dos alimentos. "É curioso: são poucos os que mencionam o impacto negativo do aumento dos preços do petróleo sobre os custos de produção e transporte dos alimentos". Lula voltou a pedir a revisão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) que "permita aos países mais pobres gerar renda com sua produção e exportação".


fonte:
G1. economia e negócios

segunda-feira, 2 de junho de 2008

BRASIL E EUA DEFENDERÃO OS BIOCOMBUSTÍVEIS NA REUNIÃO DO FAO

O governo brasileiro tenta impedir que os biocombustíveis - dos quais o Brasil é um dos principais produtores mundiais - sejam considerados os grandes culpados da crise dos alimentos.

Os Estados Unidos também defenderão os biocombustíveis na reunião da FAO. O secretário americano da Agricultura, Ed Schafer, disse nesta segunda-feira em Roma que o custo da energia e o aumento do consumo mundial de alimentos seriam os principais fatores da crise.

Segundo Schafer, o governo americano acredita que os biocombustíveis correspondam a "menos de 3%" da alta do preço dos alimentos.



FONTE:
G1. Economia e Negócios

domingo, 1 de junho de 2008

LULA VAI A ROMA DEFENDER BIOCOMBUSTÍVEIS

Presidente participará de conferência sobre segurança alimentar convocada pela FAO.Ele deve aproveitar aportunidade para reforçar "ofensiva diplomática" a favor do etanol.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou nesta sexta-feira (30/05/08) para Roma, onde assistirá à conferência sobre segurança alimentar convocada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), na qual voltará a defender o etanol.

Lula, que passará o fim de semana em Roma sem atividades oficiais, vai se reunir com autoridades convidadas para o encontro na segunda-feira e, no dia seguinte, fará um discurso na mesma conferência, que se estenderá até o dia 5.
O presidente brasileiro aproveitará a aportunidade para reforçar a "ofensiva diplomática" a favor dos combustíveis de origem vegetal e, especialmente, do etanol que o Brasil produz a partir da cana-de-açúcar.
Os biocombustíveis têm sido apontados como responsáveis pela disparada dos preços dos alimentos no mundo, o que levou a FAO a convocar a conferência extraordinária da próxima semana.
A crítica mais dura a esses combustíveis foi feita pelo relator das Nações Unidas, Jean Ziegler, que, em abril, pediu a paralisação imediata da produção deles.
A "ofensiva diplomática" de Lula a favor do etanol inclui uma Cúpula Mundial de Biocombustíveis, que acontecerá de 17 a 21 de novembro em São Paulo e para a qual já foram convidados representantes de centenas de países.



FONTE:


G1. O portal de notícias da globo