segunda-feira, 9 de junho de 2008

OCDE PEDE REDUÇÃO URGENTE DOS SUBSÍDIOS AOS BIOCOMBUSTÍVEIS


Objetivo é frear a disparada dos preços dos alimentos.Produção de etanol de milho nos EUA recebe fortes subsídios.

A medida mais urgente para conter a escalada espetacular dos preços das matérias-primas agrícolas é uma redução drástica dos subsídios aos biocombustíveis, disse nesta segunda-feira (9) Stefan Tangermann, diretor para a Agricultura da OCDE.


"Peço urgentemente a redução do apoio aos biocombustíveis", declarou o diretor da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) em uma conferência sobre a Agricultura em Berlim. "É o único aspecto no qual podemos atuar rapidamente", acrescentou.
Segundo a OCDE, os preços agrícolas, sobretudo os cereais, permanecerão elevados durante pelo menos dez anos, e o desenvolvimento dos biocombustíveis representa um terço da alta dos preços. O uso de terras aráveis para cultivos destinados à produção de biocombustíveis gerou uma forte polêmica.

LULA DIZ QUE BRASIL VAI GANHAR GUERRA QUE ENVOLVE BIOCOMBUSTÍVEIS

Presidente afirma que pode expandir a tecnologia com países africanos e sul-americanos.
Lula rebateu as críticas de que a cana seria responsável pelo desmatamento da Amazônia.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta segunda-feira (9), em seu programa semanal “Café com o presidente”, acreditar que o Brasil vai ganhar a “guerra comercial” que envolve o uso dos biocombustíveis.

Para Lula, a defesa da tecnologia durante a cúpula da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) foi importante para mostrar que o Brasil não teme as críticas ao programa e pode expandi-lo por meio de parcerias com os países africanos, caribenhos e sul-americanos. “Era importante dizer isso porque há uma verdadeira guerra comercial”, enfatizou.

O presidente afirmou que os principais ataques aos biocombustíveis vêm das empresas petrolíferas. Ele disse conhecer também os “interesses” dos países que não produzem etanol ou produzem etanol a partir do milho. “Ele é mais caro, não é competitivo, ao contrário, da cana”, afirmou, destacando que o álcool produz menos gás carbônico do que os outros combustíveis. “Fui para defender a diminuição do uso de combustíveis fósseis. Até porque todos os países do mundo assinaram o Protocolo de Quioto e têm de diminuir a emissão de gases de efeito estufa, mas poucos estão cumprindo isso”, completou

Lula rebate críticas
Para Lula, as principais críticas à tecnologia são infundadas. O presidente classificou como absurda a afirmação de que a cana-de-açúcar aumentaria o desmatamento da Amazônia. “Apenas 21 mil hectares de cana estão plantados perto da Amazônia. Mostramos para eles que a distância do local que se planta cana no Brasil para a Amazônia é de milhares de quilômetros”.

Sobre a questão das condições de trabalho nas plantações de cana, Lula admitiu que trata-se de um serviço “pesado”. No entanto, voltou a dizer que trata-se de um trabalho tão duro quanto o desenvolvido nas minas de carvão européias.
Segundo Lula, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, está negociando com empresários um novo contrato de trabalho para os cortadores de cana.

O presidente explicou que a idéia é oferecer uma nova formação ao trabalhador que, gradualmente, está sendo substituído por máquinas. “Vamos tratar isso com muito carinho porque, em São Paulo, nós já temos 50% do corte de cana mecanizado”, ressaltou.

sábado, 7 de junho de 2008

INFRAERO VAI ADOTAR BIODIESEL NOS AEROPORTOS

Meta é acrescentar 20% de biodiesel ao óleo diesel convencional. Empresa diz ser a única no mundo no setor a usar o biodiesel.



Uma das principais iniciativas da Infraero na utilização de combustíveis alternativos e fontes de energia renováveis é o Projeto Biodiesel, que prevê a adição gradativa, até 2010, desse combustível em máquinas, equipamentos e frotas de veículos da Infraero. A empresa afirma ser a única no mundo no setor de administração aeroportuária a usar o biodiesel.

A meta da empresa é acrescentar 20% de biodiesel ao óleo diesel convencional já a partir deste ano, em três aeroportos: Cumbica, Viracopos e Congonhas. Em 2009, serão usados 50% de biodiesel e para 2010, a meta é 100%. O objetivo é reduzir as emissões de gases oriundos da queima de combustível fóssil.

O biodiesel é produzido a partir de óleos vegetais e gorduras. Sua utilização representa o equilíbrio entre a eficiência energética e o meio ambiente. Os estudos de viabilidade técnica e econômica para a implantação do projeto estão sendo desenvolvidos pela Gerência de Recursos Energéticos da Superintendência de Meio Ambiente e Energia da Infraero, em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).

A Esalq está analisando o impacto do biodiesel em motores e o índice de redução de emissão de gases com o programa, além dos custos. A previsão da Infraero é de usar dois milhões de litros por ano de biodiesel em toda frota. Hoje, o litro do biodiesel custa em média 50% a mais que o diesel comum, embora haja a tendência de baixa dos custos no futuro.




Fonte:
G1 Economia e negócios


sexta-feira, 6 de junho de 2008

OS BIOCOMBUSTÍVEIS SAIU DA CONFERÊNCIA DA FAO SEM A IMAGEM DE VILÕES DA CRISE DOS ALIMENTOS

Resultados de vários estudos comprovaram que os biocombustíveis não são os vilões da crise dos alimentos, eles são um fator contribuinte mas não é o fator principal como foi dito nos últimos meses. Outros fatores vem sendo apontados como culpados pela crise dos alimentos, como aumento do preço do petróleo, mudança no tipo de consumo de países emergentes, a especulação nas bolsas mundiais, e também o fator climático.



A produção de biocombustíveis a partir de produtos agrícolas chegou a ser classificada pelo ex-relator especial da ONU para o Direito ao Alimento, Jean Zigler, de um crime contra humanidade. Na visão de Zigler, a produção de bioconbustíveis reduziria a produção de alimentos, provocando escassez e elevação de preços.